o projeto do centro cultural para a cidade de duartina é um complexo público de 3 edificações distintas e articuladas, com usos específicos, que se organizam em meio à uma praça central, o qual se acopla aos equipamentos existentes no chamado eco parque ciro simão. a inter-relação entre as novas edificações se dá à partir de um eixo de circulação – pública, elevada e acessível – que percorre o trajeto criado pelo centro cultural
cada edifício visa dar conta de demandas específicas da prefeitura: um anfiteatro com capacidade de 230 lugares e com fundo do palco articulável, podendo voltar-se para a área externa; um museu que reúne tanto os espaços expositivos quanto área técnica de acervo, mas ao mesmo tempo abriga área administrativa e de serviços para todo o complexo; e uma biblioteca, onde há tanto área de consulta e leitura, como programas complementares, caso do café e do mirante no terraço
os elementos arquitetônicos foram concebidos de modo à se adaptarem ao contexto geográfico do sítio, ou seja, desconsiderando movimentações bruscas na topografica original. desse modo, as edificações pairam no espaço, por meio de colunas que se configuram como continuidade das estacas. o nível principal do programa, estabelecido pela passarela, se flexiona como continuidade do passeio público em que se articula o eixo, se esparramando em nível nos interiores dos prédios
as demais cotas de piso se resultam pela normativa de inclinação da rampa para a circulação vertical, sendo, portanto, a franca fruição do espaço público e sua mobilidade uma das grandes premissas do projeto. além disso, a praça ao centro do complexo se impõe de modo a rebater as praças históricas da cidade – da fonte e da matriz – e se estendem, em nível, também para o espaço interno da biblioteca
em termos de materialidade, optou-se em adotar o concreto armado, moldado no canteiro, como sistema construtivo dos três edifícios – e rampas -, com uso de laje plana maciça e, predominantemente, vigas invertidas na laje de cobertura com o atirantamento das lajes de piso (soltas do solo). desse modo, ao promover desforma do concreto curado, a espacialidade dos edifícios estará concluída, restando, principalmente, itens de fechamento e um número reduzido de fornecedores. já quanto à passarela, adotou-se estrutura de aço, com apoios a serem previstos nos edifícios, com piso em chapa expandida e vedação em vidro. uma remissão formal às diversas estruturas de transposição dos terrenos alagados na cidade – rio serrote, lago eco parque, etc
o layout interno – disposição de mobiliário e demais estruturas – de cada programa poderá ser previsto por cada instituição durante a sua ocupação de modo a ser coerente com cada uso e necessidade. além disso, o paisagismo deverá contemplar árvores nativas do cerrado – bioma local – em sua concepção e plantio, preservando a aridez estética (mas com “manchas” de sombreamento) prevista no projeto
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desenvolvido a partir de convênio entre fepaf-unesp e prefeitura de duartina-sp por meio de parceria entre grupo situ coordenado por @adalberto_rettojr
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data do projeto: 2020
localização: duartina, são paulo